O presidente Lula anunciou durante o seu programa semana de rádio Café com o Presidente, que o Brasil se comprometerá com a redução em 80% do desmatamento da Amazônia até 2020.
O presidente informou que esta proposta será levada à Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, em Copenhague, onde se pretende fechar um novo acordo mundial para combater o aquecimento do planeta. Durante a conferência, os 192 países membros buscarão um novo acordo para substituir o Protocolo de Kioto, que expira em 2012.
Nesta terça-feira (13), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apresentou a Lula metas ainda mais ousadas, nas quais o Brasil estabilizaria suas emissões de 2020 em valores de 1994, com a redução do desmatamento também em outros biomas, a ampliação do uso de biocombustível e um maior investimento em hidroelétricas.
Em ambos os cenários, o país manteria um crescimento anual da ordem de 4%. Se nada for feito, o aumento das emissões seria de 45%.
Segundo ele, se o Brasil não tomasse nenhuma providência, as emissões cresceriam 45% até 2020. Mas o congelamento será possível se, além de reduzir o desmatamento, forem ampliados o uso de biocombustível e os investimentos em hidrelétricas. A proposta conta com financiamento por parte dos países desenvolvidos.
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, os países desenvolvidos têm que reduzir até 2020 de 25% e 40% suas emissões de gases estufa (com base no nível das emissões em 1990) para que o aquecimento fique em 2 graus Celsius — uma elevação considerada administrável — e o planeta não sofra consequências mais graves.